sábado, 20 de março de 2010

Bem vinda ao mundo, doce Cecilia



Mais uma vez estou aqui com a minha quase nula criatividade.

Quando eu li esse trecho:

"Me disseram que ter um filho e, consequentemente, abrir mão da bagunça, iria ser difícil. Que encarar uma sociedade hipócrita, por ser mãe tão nova, ia me pedir forças infinitas. Me falaram das dores do parto, do corpo diferente depois, das noites mal dormidas e da juventude perdida. Mas nunca me contaram que o díficil mesmo seria ter que ir para vida, tentar ganhar o mundo e não poder ficar com esse pedacinho de mim 24h por dia; que cada sorriso que eu ganhasse dele valeria mais que uma balada, beijos sem emoções e bebidas que, no dia seguinte, não são boas recordações. Não me contaram que esse cheirinho de bebê empreguina na alma e que ficar sem ele, nem que seja só pra comprar alguma coisa pra comer, iria doer mais que a própria fome... Agora eu sei porque nunca gostei de ouvir... As pessoas falam muito, criticam demais. Por isso temos sempre duas opções: reclamar ou simplesmente ser feliz.
Escolhi ser FELIZ. "

me identifiquei de cara.

Pra julgar sempre tem muita gente, diferente daqueles que nos dão apoio.
A noticia de que eu seria mãe me pegou de surpresa - óbvio, mas não poderia ter me deixado mais feliz.
Hoje a minha pequena tá com 1 mês e 11 dias. É a bebê mais linda que eu já vi (não por ser a minha). Um anjinho, um amor, e com certeza me tornou uma pessoa muito mais feliz do que aquelas que tanto mal falavam de nós.
Ainda me pego babando nela, e acho que isso vai durar a vida toda.
Ser mãe é a "profissão" mais maravilhosa, não pelo "cargo", mas pela grandiosidade que acarreta.
Não me importo mais com o sono intercalado, com os chorinhos que me pedem colo ou mamá, nem com as dores nas costas de tanto embalar essa coisinha pequena, que insiste em ficar pesada de tanto tempo no colo. Ver ela tranquila é a maior recompensa.

Dizem que a mãe se torna mãe desde que sente o filho crescendo na barriga, não? Pois é a mais pura verdade. De uma estudante universitária com planos fúteis me tornei uma mãe de família que estuda pra se formar logo e dar um futuro decente para a filha, que depende apenas de mim - e as vezes do pai dela também ( :D ).

O amor que eu sinto por ela é tão imenso e tão inexplicável que parece até surreal. Quero o melhor pra ela sempre. E se isso não for possível, que ela possa se apoiar em mim e saber que aqui sempre vai ter um colinho de mãe e um abraço bem apertado, daqueles que só a mãe da gente sabe dar (aquele que cura tudo).

Ela ainda é muito pequetitinha pra ver aqui que ela é a inspiração da mãe dela (como eu gosto de ouvir que sou mãe...), então, enquanto ela não cresce vou seguir babando e admirando esse soninho gostoso que ela tá aqui do meu ladinho.


Até!

segunda-feira, 1 de março de 2010

:(

Faz dias que to me ensaiando pra postar alguma coisa sobre a chegada da minha filha, mas não vai sair nada hoje além de um longo, triste e chato desabafo.

Fazem 20 dias que a minha filha nasceu. Nos primeiros dias dela eu não saia da volta, ficava chateada quando alguém me tirava ela dos braços e muito triste quando outra pessoa conseguia acalmar ela (coisa que não foi muito fácil pra mim). Mas agora, com o total cansaço que uma recém nascida traz, ando um poço de depressão. Choro fácil, me irrito a toa, mas pelo menos um pouco de sensatez tomou conta de mim...

Sou apaixonada pela minha filha, mas ando evitando ficar perto dela pra ela não sentir todo esse monte de coisa ruim que eu posso estar passando pra ela.


Há algum tempo eu conseguia conviver com pessoas que não me faziam bem, só que agora não dá mais. Amo mais que tudo uma pessoa, que era uma coisa comigo e parece que, como mágica, virou outra. Ficou quase impossível a convivência. São dias cheios de silêncio e omissões, e quando esse silêncio é quebrado só saem mentiras que insistem em ter pernas curtas.


Morria de medo da ideia de criar a minha Cecilia sozinha, mas como isso já é quase parte da minha vida, to me acostumando. Não sei se isso é bom ou ruim, mas se tudo continuar assim ela vai crescer exatamente como a mãe dela: longe do pai.


A partir de agora o texto é direcionado. Acredito que é mais do que claro pra quem, mas prefiro evitar nomes hoje.


Sei que tu só lê o que eu escrevo depois que te mostro, e é por isso que não sei se vais ter conhecimento do texto de hoje... Queria te pedir pra me trazer de volta aquele guri que fez eu me apaixonar de novo. Aquele que sempre sorria pra mim. Aquele guri que me fazia rir, que sempre me ganhou no cansaço, que fazia de tudo pra me ver bem e que fazia questão de estar comigo sempre.


Eu pretendia formar a minha família do teu lado, mas uma relação que cresce com mentiras não tem como dar certo (olha pelos nossos pais). Eu faço de tudo pra te ver bem, coisas pequenas e as vezes sem importância, mas mesmo assim faço.


To cansada, to estressada, to sem tempo pra cuidar de mim e isso ta se refletindo na gente, por isso que maisuma vez eu te peço pra "me assumir"; toma conta de mim. Me faz um carinho, diz o quanto eu sou importante na tua vida, e se tu não conseguir isso é porque já não dá mais. Nesses quase cinco meses eu to virando mocinha, já sei lidar com as decepções. Se não quiser mais esse que deveria ser o "nosso momento" é só falar, e se não tiver coragem pra isso é só ir embora sem olhar pra trás...


Tu sabe como é difícil pra mim falar, por isso que escrevo.


Quando tu estiver pronto, to te esperando pra conversar, ou te esperando voltar...